68: Orvalhos e gelos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
69: Frios e aragens, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
70: Gelos e neves, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
71: Noites e dias, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
66: Fogo e calor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
1: O rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, de sessenta côvados de altura e seis de largura, e erigiu-a na planície de Dura, na província da Babilônia.
2: Depois convidou os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juristas, os juízes e todas as autoridades das províncias, a comparecerem à inauguração da estátua ereta pelo rei Nabucodonosor.
3: Assim sendo, reuniram-se os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juristas, os juízes e todas as autoridades das províncias para a inauguração da estátua ereta pelo rei, diante da qual todos permaneceram de pé.
4: Então, foi feita por um arauto a seguinte proclamação: “Povos, nações (gentes de todas as línguas), eis o que se traz a vosso conhecimento:
5: no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, vós vos prostrareis em adoração diante da estátua de ouro ereta pelo rei Nabucodonosor.*
6: Quem não se prostrar para adorá-la será precipitado sem demora na fornalha ardente!”.
7: Assim, logo que as pessoas ouviram o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, prosternaram-se todos, povos, nações e gentes de todas as línguas, em adoração diante da estátua de ouro ereta pelo rei Nabucodonosor.
8: Nesse mesmo momento, alguns caldeus aproximaram-se para caluniar os judeus.*
9: Dirigiram-se ao rei Nabucodonosor: “Senhor” – disseram –, “longa vida ao rei!
10: Tu mesmo, ó rei, proclamaste por edital, que qualquer homem que ouvisse o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música teria de prostrar-se em adoração diante da estátua de ouro,
11: e quem se recusasse seria precipitado na fornalha ardente.
12: Pois bem, há aí alguns judeus, a quem confiaste a administração da província da Babilônia, Sidrac, Misac e Abdênago, os quais não tomaram conhecimento do teu edito, ó rei: não rendem culto algum a teus deuses e não adoram a estátua que erigiste”.
13: Nabucodonosor, dominado por uma cólera violenta, ordenou o comparecimento de Sidrac, Misac e Abdênago, os quais foram imediatamente trazidos à presença do rei.
14: Nabucodonosor disse-lhes: “É verdade, Sidrac, Misac e Abdênago, que recusais o culto a meus deuses e a adoração à estátua de ouro que erigi?
15: Pois bem, estais prontos, no momento em que ouvirdes o som da trombeta, da flauta, da cítara, da lira, da harpa, da cornamusa e de toda espécie de instrumentos de música, a vos prostrardes em adoração diante da estátua que eu fiz?... Se não o fizerdes, sereis precipitados de relance na fornalha ardente; e qual é o deus que poderia livrar-vos de minha mão?”.
16: Sidrac, Misac e Abdênago responderam ao rei Nabucodonosor: “De nada vale responder-te a esse respeito.
17: Se assim deve ser, o Deus a quem nós servimos pode nos livrar da fornalha ardente e mesmo, ó rei, de tua mão.
67: Frio e geada, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
18: E mesmo que não o fizesse, saibas, ó rei, que nós não renderemos culto algum a teus deuses e que nós não adoraremos a estátua de ouro que erigiste”.
19: Então, a fúria de Nabucodonosor desencadeou-se contra Sidrac, Misac e Abdênago; os traços de seu rosto alteraram-se e ele elevou a voz para ordenar que se aquecesse a fornalha sete vezes mais que de costume.
20: Depois deu ordem aos soldados mais vigorosos de suas tropas para amarrar Sidrac, Misac e Abdênago, e jogá-los na fornalha ardente.
21: Esses homens foram então imediatamente amarrados com suas túnicas, vestes, mantos e suas outras roupas, e jogados na fornalha ardente.
22: Mas os homens que, por ordem urgente do rei, tinham superaquecido a fornalha e lá jogado Sidrac, Misac e Abdênago, foram mortos pelas chamas,
23: no momento em que eram precipitados na fornalha os três jovens amarrados.
24: Ora, estes passeavam dentro das chamas, louvando a Deus e bendizendo o Senhor.*
25: Azarias, em pé bem no meio do fogo, fez a seguinte oração:
26: “Sede bendito e louvado, Senhor, Deus de nossos pais! Que vosso nome seja glorioso pelos séculos!
27: Vós sois justo em todo o vosso proceder; vossas obras são justas, vossos caminhos são retos, vossos julgamentos são equitativos.
28: Exercestes um julgamento equitativo em tudo aquilo que nos infligistes e em tudo aquilo que infligistes à cidade santa de nossos pais, Jerusalém; foi em consequência de um julgamento equitativo que vós nos infligistes tudo isso por causa de nossos pecados.
29: Pecamos, erramos afastando-nos de vós; em tudo agimos mal.
30: Não obedecemos a vossos preceitos, não os pusemos em prática, não observamos as leis que nos destes para nossa felicidade.
31: Em todos os males que enviastes sobre nós, em tudo que nos infligistes, foi um justo julgamento que exercestes,
32: mesmo entregando-nos nas mãos de inimigos injustos, de ímpios enfurecidos, às mãos de um rei, o mais iníquo e o mais perverso de toda a terra.
33: Agora não ousamos nem mesmo abrir a boca: vergonha e ignomínia para vossos servos e a nós que vos adoramos.
34: Pelo amor de vosso nome, não nos abandoneis para sempre; não destruais de modo algum vossa aliança.
35: Não nos retireis vossa misericórdia em consideração a Abraão, vosso amigo, Isaac, vosso servo, Israel, vosso santo,
36: aos quais prometestes multiplicar sua descendência como as estrelas do céu e a areia que se encontra à beira do mar.
37: Senhor, fomos reduzidos a nada diante das nações, fomos humilhados diante de toda a terra: tudo, devido a nossos pecados!
38: Hoje, já não há príncipe, nem profeta, nem chefe, nem holocausto, nem sacrifício, nem oblação, nem incenso, nem mesmo um lugar para vos oferecer nossas primícias e encontrar misericórdia.
39: Entretanto, que a contrição de nosso coração e a humilhação de nosso espírito nos permita achar bom acolhimento junto a vós, Senhor,
40: como se nós nos apresentássemos com um holocausto de carneiros, de touros e milhares de gordos cordeiros! Que assim possa ser hoje o nosso sacrifício em vossa presença! Que possa reconciliar-nos convosco, porque nenhuma confusão existe para aqueles que põem em vós sua confiança.
41: É de todo nosso coração que nós vos seguimos agora, que nós vos reverenciamos, que buscamos vossa face.
42: Não nos confundais; tratai-nos com vossa habitual doçura e com todas as riquezas de vossa misericórdia.
43: Ponde em execução vossos prodígios para nos salvar, Senhor, e cobri vosso nome de glória.
44: Que sejam então confundidos aqueles que maltratam vossos servos, que eles sofram a vergonha de ver a ruína de seu poderio e o aniquilamento de sua força.
45: Assim, saberão que sois o Senhor, o Deus único e glorioso sobre toda a superfície da terra”.
46: Enquanto isso, os homens do rei, que os haviam lá jogado, não cessavam de alimentar a fornalha com nafta, estopa, resina e lenha seca.
47: Então, as chamas, subindo a quarenta e nove côvados acima da fornalha,
48: ultrapassaram a grade e queimaram os caldeus que se achavam perto.
49: Mas o anjo do Senhor havia descido com Azarias e seus companheiros à fornalha e afastava o fogo.
50: Fez do centro da fogueira como um lugar onde soprasse uma brisa matinal: o fogo nem mesmo os tocava, nem lhes fazia mal algum, nem lhes causava a menor dor.
51: Então, os três jovens elevaram suas vozes em uníssono para louvar, glorificar e bendizer a Deus dentro da fornalha, neste cântico:
52: Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais, digno de louvor e de eterna glória! Que seja bendito o vosso santo nome glorioso, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!*
53: Sede bendito no templo de vossa glória santa, digno do mais alto louvor e de eterna glória!
54: Sede bendito por penetrardes com o olhar os abismos, e por estardes sentado sobre os querubins, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
55: Sede bendito sobre vosso régio trono, digno do mais alto louvor e de eterna exaltação!
56: Sede bendito no firmamento dos céus, digno do mais alto louvor e de eterna glória!
57: Obras do Senhor, bendizei todas o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
58: Céus, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
59: Anjos do Senhor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
60: Águas e tudo o que está sobre os céus, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
61: Todos os poderes do Senhor, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
62: Sol e lua, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
63: Estrelas dos céus, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
64: Chuvas e orvalhos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
65: Ó vós, todos os ventos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
72: Luz e trevas, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
73: Raios e nuvens, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
74: Que a terra bendiga o Senhor, e o louve e o exalte eternamente!
75: Montes e colinas, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
76: Tudo o que germina na terra, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
77: Mares e rios, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
78: Fontes, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
79: Monstros e animais que vivem nas águas, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
80: Pássaros todos do céu, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
81: Animais e rebanhos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
82: E vós, homens, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
83: Que Israel bendiga o Senhor, e o louve e o exalte eternamente!
84: Sacerdotes, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
85: Vós que estais a serviço do templo, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
86: Espíritos e almas dos justos, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
87: Santos e humildes de coração, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!
88: Hananias, Azarias e Misael, bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente, porque ele nos livrou da permanência nas trevas, salvou-nos da mão da morte; tirou-nos da fornalha ardente, e arrancou-nos do meio das chamas.
89: Glorificai o Senhor porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia.
90: Homens piedosos, bendizei o Senhor, Deus dos deuses, louvai-o, glorificai-o, porque é eterna a sua misericórdia!
91: Então Nabucodonosor, admirado, levantou-se precipitadamente, dizendo a seus conselheiros: “Não foram três homens amarrados que jogamos no fogo?”. “Certamente, majestade” – responderam –.
92: “Pois bem” – replicou o rei – “eu vejo quatro homens soltos, que passeiam impunemente no meio do fogo; o quarto tem a aparência de um filho dos deuses”.
93: Dito isso, Nabucodonosor, aproximando-se da porta da fornalha, exclamou: “Sidrac, Misac, Abdênago, servos do Deus Altíssimo, saí, vinde!”. Então Sidrac, Misac e Abdênago saíram do meio do fogo.
94: Os sátrapas, os prefeitos, os governadores e os conselheiros do rei, em grupos à volta, verificaram que o fogo não tinha tocado nos corpos desses homens, que nenhum cabelo de suas cabeças tinha sido queimado, que suas vestes não tinham sido estragadas e que eles não traziam nem indício do odor de fogo!
95: Nabucodonosor tomou a palavra: “Bendito seja” – disse – “o Deus de Sidrac, de Misac e de Abdênago! Ele enviou seu anjo para salvar seus servos, os quais, depositando nele toda a sua confiança, e transgredindo as ordens do rei, preferiram expor suas vidas a se prostrarem em adoração diante de um deus que não era o seu.
96: Em consequência dou ordem, que todo homem, pertencente a qualquer povo, nação ou língua, que ousar falar mal, seja o que for, contra o Deus de Sidrac, Misac e Abdênago, seja despedaçado e sua casa reduzida a um montão de imundícies; porque não há outro deus capaz de realizar uma libertação assim!”.
97: Depois, o rei ainda melhorou a situação de Sidrac, Misac e Abdênago na província da Babilônia.
98: Do rei Nabucodonosor a todos os povos, nações e pessoas de todas as línguas que habitam a terra, felicidade e prosperidade!*
99: Pareceu-me bom fazer-vos conhecer os milagres e prodígios que o Deus Altíssimo operou em mim.
100: Oh! como são grandes seus milagres e Como são poderosos seus prodígios! Seu reinado é um reinado eterno, e sua dominação perdura de geração em geração.