21: Foi o julgamento executado sobre a terra da planície, sobre Helon, Jasa, Mefaat,
22: Dibon, Nebo e Bet-Deblataim;
23: sobre Cariatarim, Bet-Gamul, Bet-Maon,
24: Cariot e Bosra, e sobre todas as cidades, próximas ou distantes da terra de Moab.
25: Foi abatido o poderio de Moab, seu braço foi partido – oráculo do Senhor.
1: Contra Moab. – Eis o que diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel: “Ai de Nebo, porque chegou a sua ruína! Cariatarim, tomada de assalto, cobriu-se de vergonha; a praça forte ficou em tumulto e desvairada.*
2: Findou-se a glória de Moab! Em Hesebon conspira-se contra ela: ‘Vamos riscar esse povo do número das nações!’. E tu também, Madmena, serás reduzida ao silêncio, porque a espada te persegue.
3: Gritos elevam-se de Horonaim: Devastação! Catástrofe!
4: Moab foi abatido; gritam seus filhinhos.
5: Pela encosta de Luit chora-se; sobe-se em prantos, e pela descida de Horonaim ouvem-se clamores de angústia.
6: Fugi! Salvai-vos! Sede qual zimbro no deserto!”.
7: Porque puseste a confiança nos teus ídolos e nos teus tesouros, tu também serás tomada. E será levado para o exílio Camos com seus sacerdotes e chefes!*
8: Em todas as cidades penetrará o devastador; nenhuma será poupada. Será destruído o vale, e o planalto devastado, como disse o Senhor.
9: Dai asas a Moab para que tome voo, porque suas cidades se transformarão em deserto.
10: Maldito aquele que faz com negligência a obra do Senhor! Maldito o que recusa o sangue à sua espada!
11: Desde a juventude, Moab vivia em paz, repousando sobre a borra, sem ser transvasada, nem exilada. Assim o sabor lhe ficou, e intato o aroma.
12: Dias, porém, virão – oráculo do Senhor –, em que lhe enviarei transvasadores que o trasfegarão, esvaziando os tonéis e quebrando os odres.
13: E Moab se envergonhará de Camos, como Israel envergonhou-se de Betel que constituía sua esperança.*
14: Como podeis dizer: “Somos bravos, valentes guerreiros?”.
15: Moab está devastado; escalaram suas cidades. A flor de sua mocidade desce para a matança – oráculo do rei, cujo nome é Senhor dos exércitos.
16: A ruína de Moab é iminente, deles se aproxima a largos passos a desgraça.
17: Chorai-a vós, seus vizinhos, e dizei vós, que lhe conheceis o nome: “Como se partiu esse cetro poderoso, esse cetro cheio de glórias?”.*
18: Desce de tua glória, assenta-te no solo ressecado, filha de Dibon, que moras neste lugar, porque o devastador de Moab sobe contra ti, para destruir tuas muralhas.
19: Detém-te no caminho e espreita, habitante de Aroer; interroga o que foge e o que escapa, perguntando-lhes: “O que aconteceu?”.
20: Moab em ruínas cobre-se de vergonha: gritai, gemei! Anunciai ao norte de Arnon que Moab foi destruído.
26: Embriagai Moab, porque desafiou o Senhor. Ele se debaterá no próprio vômito. E, por sua vez, se tornará objeto de zombaria.
27: Não era Israel alvo de teu escárnio? Foi ele surpreendido entre ladrões, para que, ao falar dele, sempre abanasses a cabeça?
28: Abandonai as cidades para habitar os rochedos, habitantes de Moab, assim como faz a pomba que coloca o ninho na borda dos precipícios.
29: Conhecemos o orgulho do soberbo Moab, sua altivez, sua jactância, seu orgulho e arrogância de coração.*
30: Conheço-lhe a presunção – oráculo do Senhor –, a jactância e a vaidade.
31: Eis por que gemerei sobre Moab inteiro, e sobre ele lançarei gritos; choro o povo de Quir-Hares.
32: Mais que sobre Jázer, choro sobre ti, vinha de Sabama; tuas vides se alongavam até o mar, atingindo o mar de Jázer; sobre tuas searas de vindimas lançou-se o devastador.
33: Afastaram-se a alegria e o regozijo dos vergéis da terra de Moab; fiz com que secasse o vinho nos lagares; já não se amassam as uvas entre gritos de alegria, nem a canção é a mesma canção.
34: O clamor de Hesebom sobe até Elale, e a voz se estende até Jasa, e de Segor até Horonaim e Eglat-Selisia, porque as próprias águas de Nemrim secaram.
35: Farei desaparecer de Moab – oráculo do Senhor –, aqueles que sobem aos lugares altos para incensar seus deuses.
36: Por isso, meu coração por Moab geme, como geme a flauta; meu coração pelo povo de Quir-Hares geme, como geme a flauta. Eis a razão pela qual todo o proveito obtido se perdeu.
37: Todas as cabeças foram rapadas, e cortadas as barbas. Foram golpeadas as mãos, e os rins cobertos de sacos.
38: Sobre os tetos de Moab e em suas praças, só lamentos se ouvirão, porque despedacei Moab, qual vaso inútil – oráculo do Senhor.
39: Tudo é ruína! Gemei! Quão vergonhoso é para Moab baixar assim a cerviz! Tornou-se Moab objeto de escarmento, e de pavor para todos os vizinhos!
40: Porquanto, assim diz o Senhor: o inimigo, como águia, toma voo, estendendo as asas sobre Moab;
41: são tomadas suas cidades e arrebatadas as fortificações, e o coração dos guerreiros de Moab será naquele dia semelhante ao coração da mulher em parto.
42: Moab foi riscado do número dos povos, porque desafiou o Senhor.
43: O terror, o fosso e o laço acercam-se de ti, ó moabita – oráculo do Senhor.
44: Quem fugir do terror cairá no fosso, e o que escapar do fosso será apanhado no laço! Porque trarei sobre ele, sobre Moab, o ano do seu castigo – oráculo do Senhor.
45: À sombra de Hesebon detiveram-se, extenuados, os fugitivos; de Hesebon, porém, jorrou um fogo, uma chama do meio do Seon, que devora os flancos de Moab e as cabeças dos filhos do tumulto.*
46: Desgraçado de ti, Moab! Chegou teu fim, povo de Camos! São arrastados teus filhos ao cativeiro, e tuas filhas, aprisionadas.
47: Com o andar do tempo, porém – oráculo do Senhor –, mudarei a sorte de Moab. Fim do julgamento acerca de Moab.